O Diário Oficial do último sábado, 10, trouxe a exoneração do professor, historiador e concursado da Polícia Civil, Cícero Agra. Cícero estava na chefia do Núcleo de Assistência Escolar da 3ª Região de Ensino, conhecida como Merenda Escolar, e vinha, durante os 9 meses que passou no cargo, combatendo fortemente as fraudes na merenda, em 40 cidades do estado.
Apesar de não ser a atribuição principal da função, o professor juntamente com a promotora Fabiana Lobo (a mesma que denunciou os problemas da merenda no município de João Pessoa) descobriram muitas irregulares nas escolas, onde diretores eram nomeados sem trabalhar. Entre outros trabalhos realizados, o núcleo deu uma ótima contribuição às escolas penitenciárias.
Por outro lado, Cícero questionava as ligações entre deputados e empresas que monopolizavam as licitações, além de cobrar a distribuição de materiais, que ficam anos estocados em depósitos e nunca chegam às escolas.
Como aconteceu com Rossana Honorato, que só soube da exoneração por torpedo, Cícero não recebeu nenhuma ligação telefônica comunicando-o, muito menos SMS. A exoneração também foi surpresa para o vice-governador, Rômulo Gouveia, como para o presidente do PSB de Campina Grande, Fábio Maia, que só soube na segunda-feira posterior e era 'padrinho' do cargo.
Além do professor, João Cardoso, que era chefe do almoxarifado do Presídio do Monte Santo, também foi exonerado do cargo. Cardoso, constantemente, denunciava irregularidades no setor.
O que fazer para se manter no cargo? Esta pergunta ninguém sabe responder. Talvez, a dica seja ver os erros e se fingir de cego.
Um comentário:
É preciso se ético.
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