“A gente está fazendo esse ato público para discutir o quadro de sucateamento do sistema de segurança pública do Estado e cobrar que se aproveite isso para contratar os concursados da Polícia Civil”, explicou um dos aprovados no certame, que preferiu não se identificar. Ainda segundo ele, no interior do Estado o problema na segurança é absurda, tendo casos em que um único delegado responde por quatro ou cinco delegacias ao mesmo tempo. “Há cidades que não têm motorista e nem policial”, completou.
Frederico destaca o fato de que o edital não “falava em cadastro de reserva e, sim, em vagas e por isso alega que todos os postos devem ser preenchidos por uma questão, inclusive, de legalidade”. Nas faixas feitas pelos candidatos, frases como “aumenta o consumo de crack pelos jovens” e “cadê o compromisso com a segurança pública?” davam o tom do protesto.
Na ocasião, os candidatos também distribuíram panfletos e chamaram a população para participar de outro evento organizado pela comissão de aprovados no concurso da polícia. É a Carreata da Insegurança, que acontece às 9 horas deste sábado (17), com saída no Liceu Paraibano e que percorre as principais vias da cidade.
De acordo com representantes da comissão, o Diário Oficial do Estado do último dia 24 trouxe uma lista com a classificação final e a homologação do certame, contudo, nenhum candidato foi nomeado. Ainda segundo a comissão, a Lei 8.530 determina que a Paraíba deve ter 8.530 policiais, mas o Estado possui apenas 1.865.
A reportagem do Jornal da Paraíba tentou entrar em contato com o secretário de Estado de Administração, Antônio Fernandes, mas ele não atendeu aos vários telefonemas realizados.
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